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O óbvio precisa ser dito: Pai, Eu te amo!

Qual a última vez que você falou que ama seu pai? Você já parou para pensar que às vezes a gente esquece de dizer o óbvio? Tudo bem que nem toda família tem uma relação amorosa e bem resolvida entre pai e filho/filha, mas quando o assunto é o pai que cria (seja o de sangue, avô, padrasto, um irmão mais velho, ou aquele que lhe escolheu para ser seu filho de coração) a relação mais forte é a do amor.

Se você sente dificuldades de dizer “eu te amo” para o seu pai, principalmente depois que se tornou adulto, pega a senha e entra na fila, porque não será o primeiro nem o último a sentir essa trava. Então para deixar o dia 12 de agosto mais levinho, aqui vão algumas dicas para você dizer para o seu pai o quanto o ama.

Volte a ser criança

A expressão “eu te amo” quando dita com verdade vem do coração. Então por que, mesmo sentindo amor, muitas vezes travamos na hora de expressá-lo? Quando somos crianças e ainda não temos tanta preocupação com os papéis sociais que representamos, somos muito movidos pelos impulsos do coração. Para a criança, os sentimentos são vividos à flor da pele e por isso ela é muito transparente nas suas reações.

Devido aos inúmeros contextos sociais que nos são impostos ao longo da vida (tem que ser isso, tem que ser aquilo), essa espontaneidade vai sendo moldada e se retraindo, porque passa a ser “feio” ser emotivo demais ou chorão demais. Nesse caso, a melhor dica se você sente esse amor todo, mas está com dificuldade de expressar, é se soltar e lembrar do tempo de criança.

Tente ser transparente e espontâneo e peça para sua criança interior lhe dar um empurrãozinho para falar logo! No começo é estranho de dizer (ainda mais para quem está há muito tempo sem abrir o cora), mas tudo é questão de treino e coragem. Depois de dizer, você vai se sentir super bem e ele também. Vai até pensar: por que não fiz isso antes?

Coloque-se no lugar do seu pai

Às vezes a gente cresce, estuda, viaja, conquista coisas legais, emprego dos bons e acaba achando que sabe mais que os pais. Ledo engano. Pais são sempre pais e vieram antes da gente, têm mais experiência e, só por isso, devemos respeitá-los acima de tudo. Podemos ter mais estudos, uma vida melhor e diferente da que eles tiveram, mas não adianta, a ordem é clara: filhos devem respeitar os pais. Isso não quer dizer concordar com tudo ou fazer tudo do jeito que o pai espera, mas sim, compreender que seu pai é um cara mais velho e está vendo as coisas do jeito dele. Isso não quer dizer que ele não lhe queira bem.

O exercício de se colocar no lugar deles é importante. Imagine só daqui uns anos seu filho menosprezando sua opinião ou dizendo que você não sabe de nada, apenas pelo fato de você não dominar uma tecnologia ou não compreender bem as escolhas dele?

Resumindo: quando estiver passando por uma situação difícil com seu pai que esteja dificultando esse “eu te amo”, respire fundo e tente calçar os sapatos dele, seja paciente e respeitoso. Todo mundo tem suas batalhas. Ou você acha que é fácil ser seu pai? Olhar para o outro com compaixão agradecendo principalmente à vida que lhe foi dada já é uma forma de dizer que ama.

Deixe sinais mais claros

A gente acha que só por ser pai e filho/filha já está óbvio que existe amor ali e que não precisa dizer mais nada. Mas a verdade é que todo amor (até o fraterno) exige cuidado e deve ser regado periodicamente, feito uma plantinha. De vez em quando, você precisa ir lá e dizer o quanto sente falta daquele colo, ou do tempo de criança, fazer um elogio, mandar uma mensagem agradecendo por qualquer coisa no celular.

Se seu pai faz o estilo durão, quem sabe um abraço surpresa para deixá-lo desconcertado? Se ele é do estilo emotivo, que tal uma cartinha ou bilhete “esquecido” lembrando do tempo que você desenhava para ele? Existem várias formas de demonstrar afeto e cada família tem seu jeito peculiar de demonstrar isso. O que não pode ser esquecido nesse e em outros dias é da importância de deixar sinais mais claros. O mundo tá precisando disso.

Por isso, já vou logo fazendo minha lição de casa, porque o óbvio precisa ser dito: Pai, eu te amo!

P.S: este texto é dedicado a todos os pais, mas especialmente para o Enedir Oliveira, que é o paizão de quem escreve.